domingo, 10 de fevereiro de 2008

Beijos, relacionamentos e etc...

Na boite, no consultório médico, na academia, no banheiro do restaurante, no cinema, nas escadas de emergência, na lage de um amigo, sempre o beijo vai ficar mais picante.
Tem gente até que prefere transar em lugares públicos ao fazê-lo na tranquilidade de um quarto de motel.
Todos nós temos uma história dessas para contar. rs...
O beijo quente é o tipo de beijo que se usa para descongelar uma pessoa que pareça ser feita de gelo.
A suavidade dos lábios e a ternura dos movimentos são a estratégia principal.
Carícias na face e na nuca também são extremamente importantes, porque conseguem derreter qualquer pessoa.
Você tem que querer romper com calma, a frieza da outra pessoa. Pois, estará claro que se ela não quisesse ser beijada sairia correndo. Mas, como você quer ser importante para quem está beijando, deve, depois do beijo, deixá-lo totalmente derretido.
Para se viver a dois, têm-se de manter acesa a capacidade de seduzir e de conquistar.
O tempo, por si, nada resolve. O amor vai ficando para trás quando um dos parceiros pensa que a conquista está definida e relaxa. Como um general romano, que depois de ter conquistado um país, parte para a invasão de um novo território. Porém, todo bom general sabe que, mais do que conquistar, é preciso trabalhar no sentido de manter o território conquistado.
É muito comum homens e mulheres pensarem que, com o casamento, a pessoa amada já está conquistada e, então, partem para outros desafios, sejam profissionais, financeiros ou sociais. E quando se olha para trás, vê-se que ela já não está ali esperando. Ela não ficou estática, como se fosse um apartamento que foi comprado e que permaneceu ali, á espera de mobilia.
O amor vai ficando para trás quando se pensa que o casamento dá o direito de fazer cobranças ao outro e se passa a viver exigindo que ele cumpra o que seriam suas obrigações. Ele poderá até cumprí-las, mas, o fará sem prazer, com a mesma vontade que caracteriza alguém que faz algo somente por obrigação. Para se viver a dois, têm-se de manter acesa a capacidade de seduzir e de conquistar.
Fico pensando nas pessoas que nada recebem de presente no Dia dos Namorados, por exemplo. Muitos devem se sentir tristes... Uns porque não têm namorado; outros, porque eles não se lembraram! Agora penso que se alguém não recebe presente no Dia dos Namorados, a responsabilidade não é só de quem não lembrou de comprá-lo, mas, também daquele que não soube provocar nele a vontade de dar presentes.
Saber seduzir é saber provocar no outro a vontade de dar presentes, de sair, de fazer um poema, de dar um beijo.
Puxa vida, e tantos outros milhões de coisas!
Quando a pessoa esquece a capacidade de provocar vontades, começa a cobrá-las e, o que é pior, a cobrar do outro essas mesmas coisas acompanhadas de romantismo.
O amor vai ficando para trás quando não se percebe que cada um dos parceiros muda a cada dia, a cada momento e se exige do outro que permaneça igual ao que foi ontem, que deixe de lado a sua curiosidade em relação á vida. E quando alguém aceita uma vida limitada, contida, é quase inevitável que se sinta infeliz.
Um pássaro preso numa gaiola, com as suas asas inúteis, lembrando dos dias em que voava livre, belo, com todas as suas forças, só pode sentir-se infeliz. Para que servem as asas a um pássaro engaiolado, sendo para mostrar-lhe o quanto ele perdeu e o tanto que é infeliz?
O amor vai ficando para trás, quando somente se curte atingir um objetivo, esquecendo-se do prazer de realizá-lo juntos, pouco a pouco. Acumulam-se bens, tem-se a casa de campo, a casa de praia, o carro de último tipo, com computadores que indicam tudo. Mas, o uso individualista desses bens acaba mais isolando o casal do que proporcionando momentos de intimidade. Há partes da casa que são do marido, e a mulher não se sente bem de estar lá, e vice-versa, como se fossem duas casas em uma.
O amor vai ficando para trás, preso em detalhes muito sútis, como os adiamentos que nos dão a impressão de que logo ali na frente retomaremos nosso rumo: só mais um pouco, no ano que vem tudo se arruma, depois que nos casarmos, depois que os nossos filhos crescerem, depois que tivermos a nossa casa...
Deixamos para começar a viver somente depois que algo esperado acontecer, sem nos importarmos com o que estamos vivendo. A promessa de começar a viver em um possível futuro nos ilude.
E ao nos darmos conta, estamos muito longe do que queríamos.
Parece-nos impossível, então, retomar o rumo. As pessoas ficam se prometendo que logo ali, em um futuro bem próximo, tudo será diferente, e não percebem que estão se afastando de si mesmas e de sua felicidade.
Pensar que ser paciente vai resolver os problemas é uma ilusão. Ao invés de ficarmos quietos, deveríamos estar gritando bem alto:
"Ei, vamos parar um momento! Dá para fazer tudo isso, mas, de um jeito que a gente se sinta juntos".
Mas, ficamos esperando que tudo se resolva com o tempo e que logo no final da floresta encantada encontremos os remédios para nossos males.
Todo mundo sabe realmente o que precisa ser feito e que, no fundo, é tudo muito simples. Tão simples quanto ser preciso regar a flor, ou você ser responsável por aquilo que cativa. Porém, as pessoas se distraem.
Cada um sabe da importância do momento, mas, como uma criança na floresta, vai-se distraindo aos poucos e, de repente, está totalmente perdido. Chega uma hora em que o que parecia só acontecer com os outros acontece conosco. Portanto, fique atento ao seu amor. Se ele é prioridade em sua vida, cultive-o.
Mas, lembre-se sempre:
" - Nunca é tarde para recomeçar, amar e ser feliz!!!"
Beijos.
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Carla Souza

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