quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

1 ano de bloguinho

Faz parte mesmo do processo. Chorar ao nascer.
Existir é um chorar constante e perder é quase uma regra imputada sobre o ganhar. Preciso te dizer, meu caro, tudo, tudo agora é a mais pura ilusão de se estar vivo. E não saber o que fazer baseado nesses incríveis seis meses de vida é a prova mais viva que estamos existindo.
É cedo demais pra dizer o que vai ser ou como vai ser, porque não éramos até o ano passado.
Agora, não me diga, por favor, que o meu nascimento é regido pela data que está em minha identidade, isso é um erro.
Pela identidade, no máximo, você calcula o tempo que não vivi ou o tempo que não me deixaram viver.
Sim, é tudo muito estranho, confuso e a noção de pertencimento me posiciona fora da noção de preenchimento e, seja como for, é assim que dever ser, pelo menos nesse tempo, nesse momento, nesse lugar.
O que é isso?
Isso é crescer e não importa o quanto tentamos fugir e fingir, crescer é inevitável.
Medo?
Não é medo, não vejo medo nisso, não sei porquê, não encontro respostas para os encontros e desencontros, talvez seja porque quando não se sabe falar direito todos os verbos significam "amar" e toda atitude... "desejo".
Talvez, engatinhar nesse momento seja a resposta mais saudável para amadurecer, amanhã ou depois andar e quando nem ao menos percebermos saber diferenciar e conjugar todos os verbos no passado, presente e futuro, dentre eles amar, gostar, desejar, beijar e odiar.
Pense nisso.


Beijos.
Carla Souza

Nenhum comentário: